Alerta

Samu de Santos recebe em torno de 1,5 mil trotes por mês

Ao ligar para o 192, o munícipe é atendido por um técnico auxiliar de regulação médica

As ligações envolvem não somente crianças, mas também adolescentes e adultos - Imagem: Prefeitura de Santos
As ligações envolvem não somente crianças, mas também adolescentes e adultos - Imagem: Prefeitura de Santos

Karina Faleiros Publicado em 31/01/2024, às 15h48


De acordo com a prefeitura de Santos, das 10 mil chamadas recebidas por mês na unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Santos (Samu), entre 15% e 18% são trotes, ou cerca de 1,5 mil contratos desnecessários.

Os trotes foram feitos não somente por crianças, mas também por adolescentes e adultos.

“Quando enviamos uma ambulância para um local onde não existe uma ocorrência, prejudicamos quem precisa do atendimento rápido. O trote pode custar uma vida”, relata o coordenador do Samu de Santos, Marcelo Ismail.

Ao realizar uma chamada para o 192, o cidadão é atendido por um técnico auxiliar de regulação médica, que faz perguntas básicas, como o nome, endereço, telefone para contato e qual a ocorrência. Após esse processo, a ligação é transferida para um médico regulador, que realizará perguntas mais específicas sobre a situação do paciente, para se certificar de que não se trata de um trote e definir a classificação de urgência.

Confira os cinco códigos

Vermelho: Em que a ambulância chega em até 15 minutos

Laranja: Em até 30 minutos

Amarelo: Em até 60 minutos

Verde: Em 120 minutos

Azul: Acima de quatro horas

Quando chamar o Samu?

  • Ocorrência de problema cardiorrespiratório
  • Intoxicação exógena e envenenamento (contato com produtos químicos)
  • Queimaduras graves
  • Ocorrência de maus-tratos
  • Trabalhos de parto com risco de morte da mãe ou feto
  • Tentativa de suicídio
  • Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito
  • Quando houver acidentes e traumas com vítimas
  • Afogamento
  • Choque elétrico
  • Acidentes com produtos perigosos
  • Suspeita de infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo)
  • Agressão por arma
  • Soterramento e desabamento
  • Crises convulsivas
  • Transferência inter-hospitalar de doentes graves
  • Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso

Quando não chamar?

  • Febre prolongada
  • Dores crônicas
  • Transporte de óbito
  • Dor de dente
  • Transferência sem regulação médica prévia
  • Trocas de sonda
  • Corte com pouco sangramento
  • Entorses
  • Cólicas renais
  • Outras situações nas quais não se caracterize urgência ou emergência médica

Ao definir a classificação de urgência, a ocorrência é transferida para o rádio operador, que encaminha as ambulâncias. “Quando um trote passa por todo esse processo, toda a equipe perde tempo que poderia ser utilizado para ajudar mais pessoas”, citou.