Santos

Idosa que caiu do terceiro andar do prédio morreu; filho continua preso

A idosa morreu após queda de sete metros em Santos; filho é o principal suspeito

Idosa que caiu do terceiro andar do prédio morreu; filho continua preso - Imagem: Reprodução/ g1

Maria Clara Campanini Publicado em 06/11/2024, às 14h50

Na manhã desta quarta-feira (6), foi confirmada a morte de Geralda Correia de Jesus, uma idosa de 76 anos que estava internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Santos. A senhora havia sofrido uma queda do terceiro andar do edifício onde residia, no Conjunto Habitacional Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, localizado no bairro Aparecida, em Santos, litoral de São Paulo.

O incidente ocorreu na noite de segunda-feira (4). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar os primeiros socorros e realizar o transporte da vítima ao hospital. Segundo informações obtidas pela reportagem, a queda teria sido de aproximadamente sete metros.

As circunstâncias do caso estão sendo investigadas como feminicídio, uma vez que o filho da vítima, Hórus Alves Monteiro de Jesus, um bombeiro reformado de 45 anos, foi detido sob suspeita de envolvimento no ocorrido. De acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas afirmaram ter visto Hórus próximo à janela após a queda da mãe e relataram que ele se encontrava "calado" ao lado dela no chão.

Em seu depoimento à Polícia Civil, Hórus apresentou uma versão dos fatos que diverge dos relatos das testemunhas. Ele alegou que estava saindo para o supermercado quando viu sua mãe caída ao chão. Testemunhas também informaram que ele aparentava estar prestes a deixar o local e apenas permaneceu ali por insistência dos moradores.

Conforme relatado pelas testemunhas à polícia, havia um histórico de discussões acaloradas entre mãe e filho antes do incidente. O boletim também menciona que Hórus estava afastado do Corpo de Bombeiros devido a problemas de saúde e uso de medicamentos controlados.

A prisão do suspeito foi efetuada após as declarações dos presentes no local. Inicialmente registrada como tentativa de feminicídio, a ocorrência agora é tratada oficialmente como feminicídio em virtude do falecimento da vítima. Como bombeiro militar reformado, Hórus foi transferido sob escolta para o Presídio Militar Romão Gomes em São Paulo.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo ainda não forneceu mais detalhes sobre a continuidade das investigações. Até o fechamento desta edição, não havia sido possível contatar a defesa do acusado ou obter comentários adicionais do 6º Grupamento de Bombeiros sobre o caso.

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