Crime aconteceu em 2022, porém somente neste ano a justiça concedeu a favor do pedido
Alanis Ribeiro Publicado em 27/09/2024, às 11h17
A Justiça concedeu, na terça-feira (24), a guarda unilateral definitiva do menino de seis anos que foi brutalmente agredido pela mãe e pelo padrasto em São Vicente, em 2022. A decisão também manteve uma medida protetiva que proíbe a mãe, presa desde o crime, de se aproximar da criança.
O pai do menino cuidava dele e de suas duas filhas, mas naquele ano trágico, a esposa e madrasta faleceu em decorrência de um câncer. A mãe biológica, ex-companheira do pai, ofereceu-se para cuidar do menino, mas a situação se agravou.
A 1ª Vara da Família e Sucessões de São Vicente não apenas garantiu a guarda definitiva ao pai, mas também confirmou a proibição de aproximação da mãe em relação às três crianças. As duas meninas também foram identificadas como vítimas de agressão.
A defesa da família destacou que o resultado do processo judicial assegura a proteção das crianças, permitindo que elas vivam com segurança junto ao pai e afastadas da mãe.
Relembrando o caso
No dia 28 de setembro de 2022, o menino sofreu lesões severas após ser brutalmente agredido pela mãe e o padrasto. Após o ocorrido, o o companheiro da genitora entregou a criança para seus pais, informando que a criança não estava bem, e então eles o levaram ao hospital. A criança chegou em estado de hipotermia e precisou ser reanimada.
Um vídeo registrado na ocasião mostra o menino machucado e sem roupas, encostado na parede enquanto a mãe filmava e o repreendia por "fazer bagunça". Devido a gravidade da situação, o Conselho Tutelar, ao presenciar a reação do garoto ao reencontrar o pai na unidade de saúde, decidiu conceder-lhe a guarda unilateral provisória. O Ministério Público foi imediatamente notificado do incidente.
Dias depois, a mãe se entregou de maneira voluntária à polícia após saber que estava sendo procurada pela justiça. Na delegacia de São Vicente, ela negou as acusações e alegou que estava tentando proteger o filho do companheiro.
Após audiência de custódia no Fórum de Santos, foi encaminhada à cadeia feminina onde permanece detida.
Padrasto encontrado morto
No mesmo dia da prisão da mãe, o padrasto foi encontrado morto com marcas de tiros no corpo. A polícia suspeita que ele tenha sido vítima de um ajuste de contas realizado por criminosos que decidiram fazer "justiça com as próprias mãos", considerando seu envolvimento nas agressões contra o menino.