A operação foi deflagrada em 20 estados mais o Distrito Federal
Maria Clara Campanini Publicado em 31/10/2024, às 15h17
A Polícia Civil de São Paulo, em conjunto com o Ministério Público e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto, lançou nesta quinta-feira, 31, a operação denominada "Lobo Mau". O objetivo é desmantelar uma rede criminosa acusada de envolvimento na produção, armazenamento e disseminação de material de abuso sexual infantil. No âmbito desta operação, foram autorizados 94 mandados de busca e um mandado de prisão, abrangendo 20 estados e o Distrito Federal.
Este esforço representa a segunda etapa da investigação. As autoridades descobriram que os criminosos utilizavam plataformas digitais como chats de jogos infantis e redes sociais para se aproximar de crianças e adolescentes. Através dessas interações, manipulavam as vítimas para que produzissem imagens de nudez, que posteriormente eram compartilhadas entre os envolvidos.
Um indivíduo está sob custódia preventiva por suspeita de envolvimento direto na produção e distribuição desse tipo de material ilícito. Além disso, dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados nos crimes foram apreendidos para exame forense, com o intuito de identificar possíveis outros integrantes do esquema criminoso.
A operação recebeu suporte da agência americana Homeland Security Investigations (HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos, demonstrando um esforço internacional no combate a este tipo de crime. Participam da ação as Polícias Civis e os Ministérios Públicos dos estados do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. Também há cooperação das Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
O nome "Lobo Mau" simboliza a figura do predador sexual que se oculta sob uma aparência comum para conquistar a confiança das vítimas antes de atacá-las. Esta metáfora é especialmente relevante no contexto digital atual, onde tais criminosos encontram um ambiente propício para suas atividades ilícitas.