Sistema Free Flow

Sistema Free Flow registra 8% de evasão em primeiro ano no Brasil

Tecnologia pioneira na BR-101 melhora tempo de quitação de tarifas, mas tem acontecido evasão por parte dos motoristas que sofrerão perda pontos na CNH

Sistema Free Flow registra 8% de evasão em primeiro ano no Brasil - Imagem: Divulgação/ Governo de SP

Maria Clara Campanini Publicado em 28/11/2024, às 13h54

Em seu primeiro ano de implementação no Brasil, o sistema de pedágio sem praças, conhecido como free flow, registrou que 8% dos motoristas não efetuaram o pagamento da tarifa ao trafegar pela BR-101. Esta rodovia, que se estende desde Touros, no Rio Grande do Norte, até São José do Norte, no Rio Grande do Sul, foi pioneira na adoção desse modelo de cobrança no país.

No estado do Rio de Janeiro, a tecnologia free flow foi introduzida em um trecho específico que conecta três cidades do litoral sul. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a operação dos três pontos de cobrança teve início em março de 2023.

A evasão do pedágio no sistema free flow é classificada como infração grave segundo o artigo 209-A do Código de Trânsito Brasileiro. Os motoristas flagrados nessa prática estão sujeitos a uma multa no valor de R$ 195,23 e à perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Relatórios da ANTT e da concessionária CCR indicam uma melhora expressiva no tempo médio para quitação das tarifas, reduzindo-se de 54 dias em março para apenas seis dias entre agosto e outubro deste ano.

Para evitar complicações legais, a maioria dos condutores recorre ao uso de tags para efetuar o pagamento do pedágio free flow. Esses dispositivos garantem que o débito da tarifa seja realizado automaticamente ao passar pelos pórticos. Entre as opções mais utilizadas estão as tags Sem Parar, Veloe e Ultrapasse. Alternativamente, aqueles que não possuem tag podem realizar o pagamento por meio de plataformas digitais oferecidas pelas concessionárias ou através do aplicativo Carteira Digital de Trânsito.

A ANTT assegura que o sistema tem sido eficaz na identificação dos veículos que transitam pelos pórticos, com uma taxa de leitura correta de 99,53% para as tags e 99,64% para as placas veiculares.

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