A moeda recuou ao menor patamar desde abril de 2022
Karina Faleiros Publicado em 27/07/2023, às 13h14
Nesta quinta-feira (27), o dólar iniciou a sessão em estabilidade, negociado a R$ 4,7296 na venda, após renovar véspera a menor cotação em mais de um ano.
Segundo informações da Folha de São Paulo, na B3, às 9h05 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,21%, a R$ 4,7325.
Nesta quarta (26), a moeda encerrou os negócios em baixa de 0,44%, a R$ 4,7280 na venda, no menor patamar desde 20 de abril de 2022 (R$ 4,619), após a decisão da Fitch de elevar a nota de crédito soberano do país para BB.
Na Bolsa de Valores, o Ibovespa engatou a quinta alta seguida e subiu 0,45%, aos 122.560 pontos, no maior patamar desde 9 de agosto de 2021 (123.019 pontos).
De acordo com a Fitch, a decisão reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado, e a agenda de reformas, com o avanço da Reforma Tributárias e do arcabouço fiscal no Congresso no governo Lula, e a reforma da Previdência e a Independência do BC (Banco Central) nos anos anteriores.
“O Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais”, diz a agência em relatório.
No mercado internacional, a atenção dos investidores se voltou no pregão passado para a decisão de juros nos Estados Unidos. Em linha com as expectativas, o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) voltou a subir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50% - o nível Mia LRO WM 22 NOS.
Por mais que tenha deixado a porta aberta para novas altas, a decisão da autoridade monetária dos EUA trouxe alívio para os mercados. Nas Bolsas dos Estados Unidos, as perdas do Nasdaq e do S&P 500 perderam intensidade após a decisão do Fed, com os índices encerrando os negócios em leve queda, de 0,12% e 0,02%, respectivamente. Já o Dow Jones teve alta de 0,23%.
Entre as maiores altas do dia na B3 na quarta, as ações do Carrefour subiram 8%, após a rede de supermercados reportar na véspera que as vendas líquidas cresceram 8.1% no segundo trimestre, para R$ 25,9 bilhões.
Com ganhos expressivos, os papéis da Copel avançaram 3,4% após a empresa lançar a oferta pública de ações que levará à sua privatização a partir da diluição da participação do estado do Paraná em seu capital.
Segundo a companhia, foi estimado que o “follow on” pode movimentar até R$ 4,96 bilhões, mas alertou que há risco de cancelamento de operação devido a uma decisão pendente do TCU (Tribunal de Contas da União).
As ações do Santander recuaram 0,34%, após o banco reportar uma queda de 43% no lucro do segundo trimestre.
De acordo com o economista André Perfeito, a melhora da nota pela Fitch, a desaceleração da inflação e os avanços da Reforma Tributária e do arcabouço fiscal abrem espaço para que o BC (Banco Central) inicie o ciclo de redução dos juros com uma queda de 0,50 ponto percentual no próximo dia 2 de agosto.
Até alguns dias atrás, a expectativa do mercado era de uma redução de 0,25 ponto percentual da Selic pelo BC na semana que vem, mas os dados benignos de inflação do IPCA015 divulgados nesta terça contribuíram para que aumentassem as apostas por um corte mais agressivo dos juros.
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