Na última divulgação, o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano
Karina Faleiros Publicado em 28/06/2023, às 08h23
Na última quarta-feira (27), o Banco Central divulgou a ata do Copom (Comitê de Política Monetária). Mesmo com a pressão do governo, a Selic foi mantida a 13,75% ao ano.
A ata sinaliza, porém, que boa parte dos integrantes do comitê notam que o cenário possa permitir que a taxa de juros tenha um corte a partir da próxima reunião do grupo, em agosto deste ano.
“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, diz a ata. Ultimamente, o mercado e analistas aumentaram as apostas de que a Selic abaixaria a partir de agosto segundo informações do UOL.
A cautela entre os membros foi notória. Para eles, “é necessário observar maior ancoragem das expectativas longas e acumular mais evidências de desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo”. Contudo, existiu uma concordância sobre os elementos que definirão os próximos passos de política monetária: a evolução da dinâmica inflacionária, das expectativas de inflação, principalmente as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.
“A conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária”, destacou o Copom. Os passos futuros dependem da evolução da dinâmica inflacionária. Os juros estão a 13,75% ao ano e estão no mesmo patamar que foram fixados em agosto de 2022.
51 membros do Conselhão publicaram uma carta aberta a favor da redução das taxas, exigindo uma política monetária adequada. Dentre eles, estão: Josué Gomes, a empresária Luiza Trajano e o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sergio Nobre.
“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia. O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”, diz trecho da ata do Copom.
- 21 de junho de 2023: 13,75% ao ano
- 03 de maio de 2023: 13,75% ao ano
- 22 de março de 2023: 13,75% ao ano
- 01 de fevereiro de 2023: 13,75% ao ano
- 07 de dezembro de 2022: 13,75% ao ano
- 26 de outubro de 2022: 13,75% ao ano
- 21 de setembro de 2022: 13,75% ao ano
- 03 de agosto de 2022: 13,75% ao ano
- 15 de junho de 2022: 13,25% ao ano
- 04 de maio de 2022: 12,75% ao ano
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