Neto de idoso morto após 'voadora' no peito 'se recusou a ir no enterro do avô', revelou o pai

Cesar Fine Torresi, de 77 anos, sofre traumatismo craniano após ser atacado por motorista

Neto de idoso morto após 'voadora' no peito 'se recusou a ir no enterro do avô', revelou o pai - Imagem: Reprodução | Arquivo Pessoal e Reprodução câmara de segurança
Neto de idoso morto após 'voadora' no peito 'se recusou a ir no enterro do avô', revelou o pai - Imagem: Reprodução | Arquivo Pessoal e Reprodução câmara de segurança

Marina Milani Publicado em 12/06/2024, às 09h00


O menino de 11 anos que presenciou seu avô, de 77 anos, ser atacado com uma voadora no peito em Santos (SP), está em estado de choque e profundamente abalado pela perda do familiar. O idoso sofreu um traumatismo craniano ao cair de costas após o golpe. O pai do garoto, Bruno Cesar Fine Torresi, revelou que o filho precisará de acompanhamento psicológico para lidar com o trauma. O suspeito da agressão foi preso.

O incidente ocorreu na Rua Pirajá da Silva, no bairro Aparecida, enquanto Cesar Fine Torresi atravessava a via com o neto de mãos dadas, entre os carros parados. Segundo o boletim de ocorrência, um veículo freou bruscamente, fazendo com que o idoso apoiasse as mãos no capô. O motorista saiu do carro e o atacou.

Bruno Cesar Fine Torresi, comerciante e pai do menino, relatou que o filho está profundamente abalado após testemunhar a agressão ao avô. "Meu filho se recusou a ir ao enterro do avô. Ele disse que não quer ter mais essa imagem na cabeça", contou Bruno, acrescentando que os netos eram a "paixão" de Cesar, que os visitava frequentemente para passeios e sorvetes.

A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou o idoso sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Cesar Fine Torresi estava desacordado e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Leste, onde foi entubado, sofreu três paradas cardíacas e não resistiu.

O episódio gerou revolta e discussão entre os presentes. O suspeito tentou se esconder em um estabelecimento comercial, mas foi localizado pela PM. Ele foi levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos e, na presença de seu advogado, optou por não se manifestar sobre o ocorrido. O caso foi registrado como lesão corporal seguida de morte.

Após a audiência de custódia no domingo (9), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) converteu a prisão em flagrante do suspeito para preventiva, justificando a necessidade de preservação da ordem pública. O advogado de defesa, Eugênio Malavasi, anunciou que solicitará um habeas corpus no TJ-SP, argumentando a ausência de fundamentos para a prisão e sugerindo a substituição por medidas cautelares.