Assassinato

Pastor é acusado de matar mulher trans

O pastor nega envolvimento no crime e irmã clama por justiça

Pastor é acusado de matar mulher trans - Imagem: Reprodução/ Redes Sociais
Pastor é acusado de matar mulher trans - Imagem: Reprodução/ Redes Sociais

Maria Clara Campanini Publicado em 25/10/2024, às 11h56


O corpo de Luane Costa da Silva, de 27 anos, foi localizado em um quarto de motel no bairro Vila Matias, em Santos, litoral de São Paulo. A vítima, uma mulher trans, teria se envolvido em um confronto físico com um pastor e engenheiro de 45 anos, que se tornou o principal suspeito do crime. O suspeito alegou à Polícia Civil que contratou os serviços de Luane, que trabalhava como profissional do sexo, e ao descobrir sua identidade de gênero, afirmou ter sido extorquido por ela.

O caso ocorreu na quarta-feira (23), quando a polícia encontrou Luane já sem vida. O homem foi detido no mesmo dia dentro do estabelecimento. Em seu depoimento, ele relatou que ao desistir do programa foi ameaçado por Luane com uma arma de choque e fez duas transferências via PIX, totalizando R$ 200, para evitar que ela revelasse a situação à sua esposa.

Myllena Rios, irmã da vítima e também mulher trans, contesta a narrativa do suspeito. Ela acredita que o pastor mentiu para se proteger das consequências do ato violento. Myllena descreveu Luane como uma pessoa acolhedora e generosa, conhecida por ajudar outras mulheres trans em situação de vulnerabilidade.

Após o assassinato, o corpo de Luane será transportado para Salvador e posteriormente encaminhado a Santo Antônio de Jesus para o velório e sepultamento. A família pede por justiça e Myllena promete lutar para que o crime não fique impune.

O pastor alegou em seu depoimento que encontrou Luane em um ponto conhecido por ser frequentado por profissionais do sexo e foram juntos para um motel. Após um desentendimento no local, ele teria retornado ao estabelecimento para buscar seu celular e foi preso em flagrante.

As circunstâncias exatas da morte ainda estão sob investigação, com a conclusão pendente do laudo necroscópico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML).