Saúde

Santos realiza coleta de sangue de cães para teste de Leishmaniose

A região conta com 9 casos positivos e o objetivo da coleta é descobrir se está ocorrendo transmissão

A equipe do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) realizou a coleta - Imagem: Prefeitura de Santos
A equipe do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) realizou a coleta - Imagem: Prefeitura de Santos

Karina Faleiros Publicado em 26/09/2023, às 13h09


Neste último domingo (24), ocorreu no Marapé, em Santos, a coleta de sangue de 34 animais para controle de Leishmaniose Visceral canina. A região conta com 9 casos positivos e o objetivo da coleta é descobrir se está ocorrendo transmissão nos animais ao redor dos casos positivos.

A equipe do Centro de Controle de Zoonose e Vetores (CCZV), da Secretaria de Saúde de Santos, que realizou a coleta. Segundo a Prefeitura de Santos, o morro do Marapé é considerado área de risco da doença e os cães devem utilizar a coleira repelente fornecida pela Prefeitura para a prevenção.

As amostras recolhidas são encaminhadas para o Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência do Estado de São Paulo, para testagem rápida. Os eventuais casos positivos seguem para confirmação por meio de sorologia. Havendo confirmação de infecção pela doença, inicia-se imediatamente o tratamento na Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), que tem a finalidade de reduzir a carga parasitária, já que a Leishmaniose visceral canina não tem cura.

“As atividades no Morro do Marapé servem de modelo para ampliarmos os cuidados com a Leishmaniose nos outros morros da cidade. Nos últimos quatro anos, nossas atividades geraram uma melhora de 60% em relação a incidência da doença entre os cães do bairro”, afirma Alexandre Nunes, veterinário chefe do CCZV.

O protozoário causador da doença é transmitido pelo mosquito-palha, sendo mais comum o da espécie Lutzomyia longipalpis. Porém, esta espécie não foi localizada em Santos e a Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo (Sucen) afirma que a transmissão se dá por 'vetores secundários', ou seja, mosquitos-palha de outras espécies.

Desde 2015, Santos já registrou 142 casos de Leishmaniose Visceral Canina. Atualmente, 35 cães convivem com a doença na Cidade, recebem tratamento e são monitorados.