Esposa de charreteiro que atropelou ciclista em Itanhaém é presa

Mulher será investigada por suposto envolvimento em racha de charretes que resultou na morte de Thalita Danielle Hoshino

Corrida ilegal que matou cilcista é comum nas praias da cidade, segundo moradores - Imagem: Reprodução | Redes Sociais
Corrida ilegal que matou cilcista é comum nas praias da cidade, segundo moradores - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

Lívia Gennari Publicado em 17/04/2025, às 08h25


A Polícia Civil de São Paulo prendeu Karina Santos Ribeiro, esposa do charreteiro acusado de atropelar e matar a ciclista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, durante uma corrida ilegal de charretes em uma praia de Itanhaém, no litoral sul paulista. A mulher está sendo investigada por envolvimento direto na organização do racha que resultou na tragédia.​

Relembre o caso

O acidente ocorreu em 23 de março, quando Thalita pedalava na faixa de areia da praia, acompanhada de uma amiga. Duas charretes em alta velocidade se aproximaram; a amiga conseguiu desviar, mas Thalita foi atingida e sofreu ferimentos graves. Ela foi socorrida e submetida a cirurgia, mas não resistiu e faleceu dias depois.​

Prisões

Rodinei Rodrigues foi preso no início de abril, acusado de homicídio doloso, já que há indícios de que participava de um "racha" com outra charrete no momento do atropelamento. A investigação revelou que Karina Santos Ribeiro teria auxiliado na organização da corrida ilegal, sendo responsável por convocar participantes e promover o evento nas redes sociais.​ Outros dois homens suspeitos de envolvimento no caso seguem foragidos. 

O que mudou

Testemunhas relataram que essas disputas são frequentes nas praias de Itanhaém, apesar de serem proibidas por lei. Em resposta ao ocorrido, a Prefeitura de Itanhanhém anunciou medidas para coibir a prática, como um bloqueio com pedras na faixa de areia, com o objetivo de impedir a circulação de veículos e charretes no local.

Além da ação emergencial, a administração municipal informou que está avaliando alterações na legislação para tornar mais rigorosas as punições aplicadas a práticas irregulares nas praias da cidade, como as corridas clandestinas com charretes.

Familiares e amigos de Thalita Hoshino tem cobrado justiça e a responsabilização dos envolvidos. O caso segue em investigação, e a polícia não descarta novas prisões à medida que surgem mais evidências sobre a organização das corridas ilegais.

"Justiça pela minha amiga! Menina honesta, integra e cheia de sonhos, que foram interrompidos por esses criminosos. Queremos eles na cadeia!", declarou Gabriela Carriel, amiga da vítima.