Saúde

Vacina contra o HPV passa a ser aplicada em dose única em Praia Grande

O imunizante contra o HPV tem como público-alvo crianças e adolescentes de 9 a 14 anos

Vacina contra o HPV passa a ser aplicada em dose única em Praia Grande - Imagen: reprodução Prefeitura de Praia Grande
Vacina contra o HPV passa a ser aplicada em dose única em Praia Grande - Imagen: reprodução Prefeitura de Praia Grande

Manoela Cardozo Publicado em 12/04/2024, às 08h05


O Ministério da Saúde, em consonância com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, adotou um novo esquema de vacinação contra o HPV, agora em dose única. A iniciativa visa alcançar um maior número de crianças e adolescentes, mantendo o público-alvo entre 9 e 14 anos, com o intuito de ampliar a cobertura vacinal nessa faixa etária.

De acordo com informações da Prefeitura, em Praia Grande, as 30 Unidades de Saúde da Família (Usafas) disponibilizam a vacina de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.

Aos sábados, domingos e feriados, o Centro de Especialidades Médicas e Ambulatoriais (Cemas) atende a população das 9h às 15h, localizado na Rua Thomé de Souza, 1313, Bairro Aviação.

Essa medida é crucial, uma vez que a vacinação contra o HPV é fundamental na prevenção do câncer de colo de útero, que é o terceiro tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Para cada ano do triênio 2023-2025, estima-se 17.010 casos novos, representando uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres. Para os homens, a vacina protege contra câncer de pênis, orofaringe e ânus, além de prevenir mais de 90% das verrugas genitais.

A decisão de adotar a dose única está alinhada com as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), respaldada por estudos que evidenciam a eficácia do esquema de vacinação.

Além disso, foi incluído como grupo prioritário para a vacina HPV pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR). Os imunossuprimidos e vítimas de violência sexual, que têm acesso à vacinação na rede pública de saúde, permanecerão com o esquema anterior de duas ou mais doses, conforme cada caso.