São Vicente

Motorista embriagado é denunciado por homicídio após atropelamento fatal de cantor em São Vicente

Ministério Público denuncia Thiago Rosas por homicídio doloso após acidente que vitimou o músico Adalto Mello em São Paulo

Cantor de 39 anos foi atropelado por motorista embriagado em São Vicente. - Imagem: Reprodução | Redes Sociais
Cantor de 39 anos foi atropelado por motorista embriagado em São Vicente. - Imagem: Reprodução | Redes Sociais

Marina Milani Publicado em 19/01/2025, às 09h47


Em um trágico acidente ocorrido em São Vicente, no litoral de São Paulo, o cantor Adalto Mello, de 39 anos, perdeu a vida após ser atropelado por um veículo dirigido por Thiago Arruda Campos Rosas, de 32 anos. O incidente se deu por volta das 2h38 do dia 29 de dezembro, quando Adalto pilotava sua motocicleta pela Avenida Tupiniquins.

Recentemente, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) formalizou a denúncia contra Thiago, que está preso desde a data do acidente. Ele é acusado de homicídio doloso com dolo eventual, caracterizado pela assunção do risco de causar morte, mesmo sem a intenção direta de fazê-lo. As informações sobre o caso foram divulgadas pelo promotor Manoel Torralbo Gimenez Júnior.

Segundo o relatório do MP-SP, Thiago dirigia sob a influência do álcool e em alta velocidade quando ultrapassou um carro pela direita, subiu na calçada e colidiu com Adalto, que não teve tempo de reagir ao impacto. O teste do bafômetro realizado no motorista revelou que ele estava com uma taxa de álcool no sangue 20,5 vezes superior ao limite legal permitido.

A área onde ocorreu o atropelamento é conhecida pelo intenso fluxo de veículos devido à proximidade com a Ponte Pênsil, que liga São Vicente a Praia Grande. O promotor argumentou que a conduta imprudente de Thiago foi uma clara demonstração de negligência ao dirigir embriagado em uma via movimentada.

Além da acusação criminal, o MP também solicitou que o Judiciário estipule uma indenização para os familiares da vítima e que o caso seja encaminhado ao Tribunal do Júri.

A defesa de Thiago, representada pelo advogado Mario Badures, declarou que a denúncia foi recebida por meio da imprensa e assegurou que todos os aspectos técnicos relativos ao crime culposo serão debatidos durante o processo judicial. Badures afirmou ainda que seu cliente não tinha intenção de causar o acidente ou prever suas consequências.

O impacto da tragédia se estende além do acidente. Adalto Mello era um músico promissor, conhecido por sua paixão pela música desde a infância. De acordo com relatos de sua mãe, ele começou sua trajetória musical aprendendo a tocar instrumentos ao observar seu pai. Adalto deixou um filho de 10 anos e residia com sua mãe em Santos.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que Thiago foi preso em flagrante após o acidente e sua prisão foi convertida em preventiva. A natureza do crime inicialmente registrado como homicídio culposo foi alterada para homicídio doloso após investigações subsequentes.

Os desdobramentos deste caso continuarão sendo acompanhados pelas autoridades competentes enquanto a justiça busca responsabilizar os envolvidos neste trágico evento.