As câmeras de segurança da casa de Márcia Lanzane registraram o momento do brutal assassinato
Manoela Cardozo Publicado em 11/07/2024, às 08h50
Em 21 de dezembro de 2020, Bruno Eustáquio Vieira, de 23 anos, assassinou brutalmente a própria mãe, Márcia Lanzane, de 44 anos, na residência onde moravam em Guarujá, litoral paulista.
Inicialmente, Bruno alegou à polícia que havia encontrado sua mãe já sem vida após uma queda. Posteriormente, ele modificou sua versão, dizendo que a morte foi acidental, causada pela queda de Márcia que bateu a cabeça no chão. No entanto, a polícia mudou sua abordagem após a descoberta de câmeras de segurança internas.
Embora Bruno tenha demonstrado pesar nas redes sociais, publicando lamentações e fotos com sua mãe, os investigadores notaram a falta de afeto nos momentos finais entre os dois, o que levantou suspeitas.
As câmeras registraram uma briga entre Bruno e Márcia, começando no corredor às 21h17 daquele dia. As imagens mostraram um confronto físico, com empurrões entre os dois, até que Bruno fechou a porta, impedindo a visão do que aconteceu em seguida. A porta foi reaberta às 22h38, com Márcia já caída ao fundo.
O comportamento de Bruno após o incidente foi considerado estranho. Ele passou pelo corpo da mãe, foi até a sala e assistiu televisão por cerca de quatro minutos, ignorando o suposto acidente fatal. Esse comportamento levou os investigadores a suspeitarem de sua versão dos eventos.
Com base nas imagens, o inquérito policial indiciou Bruno por homicídio doloso, caracterizado pela intenção de matar. O Ministério Público também levantou questões sobre incompatibilidades em relação aos bens materiais, o que poderia estar relacionado ao caso. Até hoje, Bruno permanece foragido.
Em uma virada dramática nos eventos que há muito assombravam a família Lanzane, Bruno Eustáquio Vieira, acusado de assassinar brutalmente sua mãe, Márcia Lanzane, foi finalmente preso em Belo Horizonte. O crime ocorreu em 21 de dezembro de 2020, na casa da família em Guarujá, São Paulo, e deixou a comunidade em estado de choque. Desde então, Bruno esteve foragido, mas a persistência de suas tias, Minervina e Mariusa de Quadra, garantiu que a justiça fosse feita.
Ao chegarem a Belo Horizonte, Minervina e Mariusa seguiram as pistas deixadas nas redes sociais e realizaram uma investigação minuciosa, visitando comércios locais e perguntando sobre o paradeiro de Bruno, conhecido na área como Felipe. Após confirmarem o endereço, as irmãs acionaram a polícia, que rapidamente montou uma operação para capturar o foragido.
"Os policiais nos disseram que ficariam de campana. Nós ficamos em uma rua abaixo e eles na de cima. Quando vimos Bruno, começamos a buzinar para os policiais, que o abordaram," contou Minervina.
Bruno tentou resistir à prisão e fugir, mas foi rapidamente detido pelos policiais. A captura foi um alívio para a família, que há muito esperava por justiça.
Desabafo nas redes sociais
Após a prisão, Mariusa publicou nas redes sociais: "O presente que você me deu no dia do meu aniversário, estou te devolvendo hoje como presente adiantado." A mensagem ressoou como um símbolo de justiça tardia mas necessária, marcando o fim de uma busca exaustiva.
As irmãs de Márcia agora aguardam que a justiça seja feita e que Bruno receba a pena máxima. "A gente fez o que achou que era certo. Ele tem que ficar na cadeia porque trazer ela de volta a gente não consegue, infelizmente. Valeu a pena e nós faríamos tudo de novo," afirmou Minervina, expressando a esperança de que o esforço conjunto da família e das autoridades traga paz e encerramento ao doloroso capítulo de suas vidas.