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Jogadoras se manifestam e cobram posicionamento sobre caso de Robinho

As atletas compartilharam críticas e cobraram posicionamento de pessoas em posições de impacto

Jogadoras se manifestam e cobram posicionamento sobre caso de Robinho - Imagem: reprodução Twitter
Jogadoras se manifestam e cobram posicionamento sobre caso de Robinho - Imagem: reprodução Twitter

Manoela Cardozo Publicado em 22/03/2024, às 09h56


Leila Pereira, presidente do Palmeiras e chefe da delegação da seleção brasileira na Europa, foi uma das primeiras autoridades ligadas à CBF a abordar o caso de Robinho, condenado por estupro pela Justiça italiana.

De acordo com informações do Uol Notícias, sua declaração marcou o início das manifestações sobre o assunto.

Em seguida, jogadoras do futebol feminino utilizaram as redes sociais para discutir o tema. Ary Borges e Kerolin, ambas atletas da seleção e com passagem pelo Palmeiras, foram as primeiras a se posicionar.

"Leila Pereira, gigante, como mulher se posicionou e digo mais, mostrou como pessoas que tem voz, espaço, influência poderiam se posicionar. Até quando só mulheres? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas que cometem sairão ilesas?", escreveu Kerolin, que atualmente está no North Carolina Courage, nos Estados Unidos.

Em Londres, na Inglaterra, junto à seleção brasileira, Leila foi questionada sobre se as condenações de Daniel Alves e Robinho são discutidas na delegação. A dirigente respondeu que "ninguém fala nada", mas como mulher na liderança, sentiu a necessidade de se posicionar. Ela afirmou que considera os acontecimentos "um tapa na cara de todas nós mulheres".

"Ela mostrou que é isso que pessoas em posições de impacto precisam fazer. Mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, CRIME como estes?" disse Ary, atualmente no Racing Louisville, nos EUA.

Robinho foi condenado a nove anos de prisão em 2022 pela Justiça italiana, devido a um crime de estupro ocorrido em 2013. Apesar disso, o ex-jogador encontrava-se no Brasil quando a decisão final foi tomada, e o país não extradita seus cidadãos para a Itália.

No entanto, na última quarta-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça determinou que ele deverá cumprir a pena em território brasileiro.