Crime Organizado

Lider de PCC é preso em Praia Grande pela Operação Salus

O preso é responsável pelo tráfico de drogas na Cracolândia

Lider de PCC é preso em Praia Grande pela Operação Salus - Imagem: Divulgação/ SSP
Lider de PCC é preso em Praia Grande pela Operação Salus - Imagem: Divulgação/ SSP

Maria Clara Campanini Publicado em 07/08/2024, às 12h27


O Estado de São Paulo trabalhou com as forças de segurança para desmanchar o esquema financeiro da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC), o grupo era responsável pela distribuição de drogas no centro. Um dos líderes foi preso em Praia Grande, Litoral de São Paulo.

As prisões são fruto da Operação Salus et Dignitas, que realizou em 117 mandados de busca e apreensão e sete de prisão. Um dos líderes presos, Leonardo Monteiro Moja – encontrado em Praia Grande-, tem 46 anos.

A investigação foi feita em conjunto com as Polícias Civil e Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), segundo a apuração feita pelos agentes, a quadrilha usava hotéis, comércios e outros estabelecimentos para lavar dinheiro do tráfico. Além de manter um depósito de armas na região.

Leonardo foi preso em seu apartamento, onde morava sua mulher e filhos, na Rua Dep. Laercio Corte, na Vila Caiçara, Praia Grande, Litoral de São Paulo. O preso é apontado como um dos donos de imóveis no centro, comprado por laranjas. Moja estava em liberdade condicional, e teve outras duas passagens criminais, 2017 e 2021.

A operação foi realizada nesta terça-feira (6), teve este nome pois significa ‘saúde e dignidade’ em latim, segundo o promotor Lincoln Gakyia, o nome foi escolhido pois “o foco é proteger os dependentes químicos”.

Foram apreendidos mais de R$ 155 mil, 122 celulares, 23 computadores, 78 veículos,96 HDs, USBs e pendrives. Tudo vai passar pela perícia e devem ser usadas para dar continuidade às investigações. Além de dez estabelecimentos interditados.

“Essa é mais uma etapa das diversas operações que realizamos no centro de São Paulo para atacar a logística criminosa que se instaurou na região”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Segundo o chefe da pasta, está ação é essencial para combater o crime organizado que atua no lugar “Identificada a raiz do problema e aqueles que lucram com a violação dos direitos humanos das cenas abertas de uso, cabe aos nossos agentes de segurança desarticular esse ecossistema para que, de forma inédita, possamos tratar o problema da região de maneira ampla e revolvê-la para a população. Os índices de criminalidade em queda demonstram que estamos no caminho certo” disse.

Para Tarcísio de Freitas (Republicanos), diz que a operação representa um marco na história das forças de segurança “As pessoas olham para a situação no centro e só notam a ponta do iceberg, mas hoje nós atacamos todo o ecossistema por trás disso”, afirmou.

A operação

A operação teve mais de 30 mil agentes públicos, 30 cães da Polícia Militar e duas aeronaves. O foco foi desarticular a logística do PCC em diferentes pontos da região central de São Paulo. Também teve participação da Polícia Federal, Rodoviária Federal e Receita Federal.

Profissionais de saúde e da assistência social também ajudaram atendendo às famílias que moravam nos imóveis da operação. Após o atendimento inicial e triagem, foram designados aos equipamentos e do município, como a Central Integrada de Atenção e Acolhimento, e o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, unidades de saúde e abrigos de passagem.

Outras pastas do governo também fizeram parte da operação, para emitir documentos, alimentação, distribuição de kits com roupas e produtos de higiene pessoal. Os órgãos que participaram foi as secretarias de Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Fazenda e Planejamento, Saúde, Gestão e Governo Digital, da Defesa Civil do Estado e do Fundo Social de São Paulo.