Genitora acusada de omissão na morte da filha de 2 anos tem sentença decretada no litoral de SP

O crime aconteceu em 2005 na Praia Grande, litoral de SP; Vilma da Silva foi condenada pelo Tribunal do Júri pelo crime de homicídio por omissão

Vilma da Silva. - Imagem: Reprodução | TV Tribuna
Vilma da Silva. - Imagem: Reprodução | TV Tribuna

Marina Milani Publicado em 02/03/2024, às 13h35


Vilma da Silva, acusada de participação na morte da filha de dois anos, Juliana da Silva, em 2005, foi condenada pelo Tribunal do Júri a uma pena de 18 anos e 8 meses de prisão pelo crime de homicídio por omissão. Esta não é a primeira vez que Vilma enfrenta essa condenação; em 2017, ela havia sido sentenciada à mesma pena, mas o julgamento foi anulado. Agora, sua defesa pretende recorrer da decisão.

O julgamento de Vilma durou cerca de 12 horas e ocorreu no Fórum de Praia Grande, onde ela foi considerada culpada e saiu presa do plenário na noite de quinta-feira (29). Ela deverá ser encaminhada à Penitenciária de Tremembé (SP).

O caso remonta a 2005, quando Juliana foi encontrada morta com sinais de agressão e espancamento em seu apartamento na Vila Tupy, em Praia Grande. A menina foi levada à Santa Casa de Santos, mas não resistiu aos ferimentos e chegou sem vida à unidade hospitalar.

Durante o julgamento, a promotoria apontou Alba Cristina da Silva, madrinha da vítima, como a responsável pelo homicídio de Juliana. Alba foi condenada a 24 anos de prisão pelo crime, além de mais 2 anos por maus-tratos contra a menina e sua irmã mais velha, em 2014.

No primeiro julgamento de Vilma, em 2017, ela não estava presente para ser interrogada. A defesa alegou que ela não compareceu devido a um erro do cartório, e a ré aguardou um novo julgamento. Desta vez, alegou-se que Vilma não poderia ter evitado a morte da filha, pois estava em outro cômodo no momento do crime, além de argumentar que a agressão fatal foi imprevisível.

A decisão do novo julgamento saiu pouco antes das 22h, resultando na pena de 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado para Vilma. A defesa, composta pelos advogados Renan de Lima Claro, Alex Ochsendorf e Bianca Campos Ferreira, planeja recorrer buscando a anulação do julgamento e impetrará habeas corpus para que Vilma responda em liberdade.