CRIMINALIDADE

Baixada Santista atinge menor número de assaltos em anos

Guarujá lidera a redução de crimes na Baixada, com números recordes de roubos de veículos e cargas

A cidade alcançou a terceira menor marca de crimes em 24 anos - Imagem: Reprodução / Ana Branco / Agência O Globo
A cidade alcançou a terceira menor marca de crimes em 24 anos - Imagem: Reprodução / Ana Branco / Agência O Globo

Sabrina Oliveira Publicado em 27/10/2024, às 10h09


A segurança pública nas cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira apresentou resultados expressivos entre janeiro e agosto de 2024, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Os dados mostram uma queda significativa em diversos crimes, reforçando a eficácia das ações de policiamento e o impacto das operações coordenadas na região.

O destaque ficou para a redução de 24% nos casos de roubo em relação ao mesmo período de 2023. Foram registradas 7,1 mil ocorrências, o menor número já visto nas duas regiões. A SSP-SP atribui o resultado a um trabalho de inteligência e integração entre as forças policiais, além de prisões estratégicas de lideranças criminosas.

Na Baixada Santista, Guarujá despontou com resultados impressionantes. A cidade registrou apenas 29 roubos de veículos e 16 ocorrências de roubo de carga, números que representam uma queda de 78% na comparação com 2023. Em Santos, a redução nos crimes também foi significativa: a cidade atingiu a terceira menor marca de assaltos dos últimos 24 anos, com uma queda de 27,5%.

O levantamento mostra que Praia Grande teve o menor índice de roubo de veículos em 24 anos, com 72 casos, uma redução de 44% em relação ao ano anterior. Já São Vicente registrou apenas nove homicídios no período, o menor número desde 2001. As Delegacias de Defesa da Mulher também apontaram queda nos feminicídios, com três casos investigados, quatro a menos que em 2023.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou que a região é uma prioridade na gestão. Segundo ele, o aumento de efetivo policial, investimentos em infraestrutura e tecnologia, e a ampliação das operações ajudaram a desmantelar facções criminosas, contribuindo para a queda dos índices. "Os resultados mostram que estamos no caminho certo, mas o trabalho não para", afirmou.

As ações também impactaram na apreensão de armas e drogas. Ao todo, 778 armas ilegais foram retiradas das ruas, uma alta de quase 30% em relação ao ano passado. Além disso, foram apreendidas 7,4 toneladas de drogas, sendo a maior parte de maconha. A recuperação de veículos roubados ou furtados também apresentou avanço, com 1,6 mil veículos recuperados, uma alta de 18%.