TRISTE! Áudio revela últimas palavras de Igor Peretto antes de ser assassinado; confira

Investigações apontam que a morte do comerciante, esfaqueado em Praia Grande, foi premeditada por pessoas próximas, em um triângulo amoroso cheio de mentiras e traições

Caso Igor Peretto - Imagem: Reprodução / Arquivo pessoal |  redes sociais | reprodução
Caso Igor Peretto - Imagem: Reprodução / Arquivo pessoal | redes sociais | reprodução

Marina Milani Publicado em 09/11/2024, às 10h48


A Polícia Civil descobriu um áudio perturbador gravado horas antes do assassinato de Igor Peretto, comerciante morto a facadas em Praia Grande, no litoral paulista. A gravação, feita pela irmã da vítima, Marcelly Peretto, revela uma tensa discussão entre Igor e sua esposa, Rafaela Costa. Durante a briga, o comerciante tentava convencer Rafaela de sua fidelidade, enquanto ela expressava suspeitas sobre uma possível traição, ligando-o a um passeio de lancha com "garotas de programa".

A conversa foi registrada na madrugada de 30 de agosto, um dia antes do assassinato, e, segundo a polícia, reflete o crescente desgaste no relacionamento de Igor e Rafaela, que estava prestes a terminar o casamento. O áudio mostra Igor, visivelmente irritado, tentando esclarecer que nunca havia traído a esposa, apesar de se envolver em uma conversa com amigos sobre uma festa em uma lancha, onde a ideia de atrair mulheres para o evento foi mencionada. No entanto, Igor nega qualquer envolvimento com prostituição ou traição.

"Eu sou o único que não te traiu", afirmou Igor em um dos trechos, justificando suas ações e tentando acalmar a esposa.

Mas o que parecia ser apenas uma disputa conjugal se revela como o ápice de um cenário muito mais sombrio. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a morte de Igor foi premeditada e orquestrada por pessoas próximas a ele: sua esposa, Rafaela Costa, sua irmã, Marcelly Peretto, e seu cunhado, Mario Vitorino, que também era seu sócio. O trio foi preso, acusado de matar Igor devido ao que foi descrito como um "empecilho no triângulo amoroso", com Rafaela e Mario envolvidos romanticamente.

Antes de sua morte, testemunhas relataram que Igor demonstrou amor e lealdade à esposa, dizendo em seus últimos momentos: "Vocês sabem o quanto eu amo aquela mulher, o quanto sou louco por ela."

 Em um momento de grande desespero, Igor teria exclamado: "Eu fiz isso sempre por todos, seus traíras", referindo-se à sua irmã e ao cunhado, que, aparentemente, estavam envolvidos no plano que culminou em sua morte.

As investigações revelaram que Igor, na tentativa de manter a paz no casamento e esclarecer mal-entendidos, acabava sendo manipulado pelos familiares próximos, que já haviam arquitetado seu assassinato. A gravação feita por Marcelly, que inclui a discussão entre Igor e Rafaela, foi crucial para a polícia na reconstrução dos eventos que levaram ao assassinato brutal.

O que se sabe sobre a cronologia do crime até o momento:
04:32:38 - 
Marcelly e Rafaela chegam de carro ao prédio de Marcelly;
05:40:17 - Rafaela vai embora do apartamento de Marcelly;
05:42:27 - Rafaela deixa o local com o carro;
05:42:40 - Mario e Igor chegam ao prédio de Marcelly;
05:44:40 - Mario e Igor saem do elevador em direção ao apartamento de Marcelly;
06:04:31 - Mario e Marcelly saem do apartamento pelas escadas e acessam o subsolo, logo após o homicídio;
06:05:03 - Mario e Marcelly saem pela rampa do subsolo e vão em direção ao carro dele;
06:05:25 - Mario e Marcelly partem de carro em direção ao apartamento dele;
06:11:29 - Mario e Marcelly chegam ao prédio dele;
06:16:44 - Mario e Marcelly deixam o prédio dele e fogem;
08:48:00 (aproximadamente) - Mario e Marcelly se encontram com Rafaela em um posto na Rodovia Governador Carvalho Pinto, no km 124, em Caçapava (SP), onde a viúva abandonou o carro e embarcou no carro do amante, onde já estava a irmã da vítima;
09:47:42 - Mario, Marcelly e Rafaela chegam em Campos de Jordão (SP), onde a irmã da vítima teria entrado em um carro por aplicativo e retornado para Praia Grande;
12:28:00 - Mario e Rafaela se hospedam em um motel em Pindamonhangaba (SP), onde permanecem até 15h37. No mesmo dia, abandonam o carro dele no Centro da cidade

O caso continua a ser investigado, e o MP-SP segue com o processo contra os três acusados, que já estão sob custódia.